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pressão de platô em psv

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   O esforço respiratório e a driving pressure do sistema respiratório são parâmetros importantes para manter uma ventilação adequada e protetora, tarefa complicada quando há presença de esforços durante a respiração espontânea. No modo ventilatório Pressão de Suporte (PSV) a pressão inspiratória máxima (Pressão de Pico, Ppico) registrada pelo ventilador durante uma respiração, equivale à soma da PEEP e da Pressão de Suporte e não leva em consideração a pressão negativa exercida pelo esforço muscular do paciente. 

 

   A realização de uma pausa inspiratória durante o modo pressão de suporte permite:

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- Medir a driving pressure (DP = Pplatô-PEEP)  para calcular a Complacência do Sistema Respiratório (Volume Corrente / DP), como durante nos modos de ventilação totalmente controlados.

- Verificar a diferença entre Ppico e Pplatô para estimar a quantidade de pressão muscular que o paciente estava exercendo no momento da pausa inspiratória (Índice de Pressão Muscular (PMI): ela se correlaciona com a pressão muscular medida por um cateter esofágico no momento da pausa). PMI reflete esforço muscular aumentado quando maior que 6.

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   Algumas considerações devem ser levadas ao realizar uma pausa inspiratória durante a PSV:

Nos modos controlados, a pressão de platô é menor que a pressão de pico, sendo que isso nem sempre é verdadeiro durante a PSV, quando a Pplatô pode ser maior que Ppico pois a pressão negativa gerada pelo esforço muscular do paciente no momento da pausa é registrada graficamente como uma pressão positiva no traçado.

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   Realizar uma pausa inspiratória durante uma respiração espontânea leva à geração de um platô que nem sempre pode ser considerado confiável e às vezes deve ser descartado. A causa disso, é a presença de contração muscular enquanto o paciente tenta expirar durante a pausa inspiratória. É importante realizar a manobra corretamente e ser capaz de reconhecer quais valores não podem ser considerados confiáveis, a fim de não obter informações enganosas (ou seja, medir um DP maior do que o real). 

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Para medir adequadamente, deve-se levar em consideração:

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1.Mantenha a pausa por no máximo 1 segundo, pausas maiores alteram a medida, pois favorecem o esforço muscular do paciente.

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2.O fluxo deve ser 0 durante PPlatô.

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3.A presença de esforços inspiratórios com a oclusão da válvula, não torna o platô inseguro, desde que o traçado da Pplatô seja plano antes e depois das oscilações e possa ser medido na parte plana.

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4.A Pplatô não é confiável  quando  apresenta uma forma curva; se diminui ou aumenta ao longo do tempo; se o fluxo não for  0 durante a pausa inspiratória e se o paciente estiver contraindo claramente os músculos expiratórios durante a pausa.

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Até a próxima!

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