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critérios para mobilização progressiva em pacientes mecanicamente ventilados

 No passado os paciente gravemente doentes que estavam em ventilação mecânica eram mantidos em sedoanalgesia profunda e repouso no leito, durante o estagio inicial de tratamento na UTI. Apesar das evidencias serem antigas de que o repouso no leito é deletério para o condicionamento físico, os estudos que investigam a eficácia da mobilização progressiva precoce em paciente de UTI começaram a aparecer nos últimos 20 anos. Esses estudos e as revisões sistemáticas fornecem evidências de que a mobilização progressiva precoce de pacientes adultos em UTI é viável, segura e pode resultar em benefícios, incluindo melhores resultados funcionais e redução do tempo de internação na UTI e no hospital. Esses achados estão contribuindo para uma mudança na prática clínica da UTI, onde pacientes que antes teriam recebido sedação profunda e repouso no leito, agora estão menos sedados e recebem mobilização progressiva precoce. A incidência de eventos adversos associados a mobilização é baixa e quando acontecem são transitórios e benignos.


 Para que a mobilização progressiva precoce seja realizada com segurança em um ambiente de UTI, com risco mínimo de sequelas adversas, é essencial que os pacientes sejam avaliados criteriosamente antes de qualquer intervenção de mobilização. Tal avaliação é facilitada pela disponibilidade de critérios objetivos que indicam que é razoável ou seguro iniciar a mobilização. Hodgson e colaboradores em 2014 publicaram recomendações sobre os critérios de segurança que devem ser considerados antes da mobilização de pacientes adultos em UTI ventilados mecanicamente.

 

 Em suas recomendações , mobilização ativa foi definida como qualquer atividade em que o paciente auxilia na atividade usando sua própria força e controle muscular: o paciente pode precisar de ajuda da equipe ou equipamento, mas está participando ativamente dos exercícios. As atividades que compreendem a mobilização ativa são a mobilização fora do leito (ou seja, qualquer atividade em que o paciente se senta na beira da cama , ortostase, caminha, marcha no local ou senta-se fora do leito) e mobilização no leito (ou seja, qualquer atividade realizada enquanto o paciente está sentado ou deitado no leito, como rolar, fazer ponte, exercícios resistidos de membros superiores). O nível de mobilização deve ser determinado pela força e resistência do paciente, bem como uma avaliação dos critérios de segurança.

 Um sistema de sinalização foi criado para identificar os riscos:

sinalização.jpg

Adaptado de Hodgson, 2014.

 Os critérios de segurança cobertos pelo grupo de especialistas foram divididos em quatro categorias: (1) considerações respiratórias; (2) considerações neurológicas ; (3) considerações cardiovasculares, e (4) outras considerações, incluindo variáveis cirúrgicas ou médicas.

Considerações respiratórias

Considerações respirações.jpg

Adaptado de Hodgson, 2014.

Considerações neurológicas

considerações neurologicas.jpg

Adaptado de Hodgson, 2014.

Considerações cardiovasculares

Considerações cardiovasculares 1.jpg
Considerações cardiovasculares 2.jpg

Adaptado de Hodgson, 2014.

Outras considerações 

outras considerações.jpg

Adaptado de Hodgson, 2014.

 A implementação dessas recomendações tem o potencial de maximizar a mobilização precoce e ao mesmo tempo, minimizar o risco de eventos adversos de segurança, o que, por sua vez, pode melhorar os resultados funcionais e se traduzir em redução do tempo de internação na UTI e hospitalar.

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