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assincronia de fase 3 ou a assincronia de ciclagem

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   A ciclagem é a passagem da fase inspiratória para a fase expiratória, ou seja, a expiração. E está ciclagem se diferencia de cada modalidade ventilatório e para isso precisamos ter um bom conhecimento de princípios básicos. A ciclagem poderá ser por tempo, volume, fluxo e pressão.

 

Ciclagem a tempo: Ela ocorre após determinarmos um TI pelo aparelho, como por exemplo na modalidade PCV onde ao determinarmos o TI de 1,00 segundo em um janela de tempo de 5 segundos. Ficaremos então com TE de 4 segundos.

 

Ciclagem a volume: Ocorre quando o volume pré-determinado pela operador for entregue ao paciente e é característico da modalidade VCV.

 

Ciclagem a fluxo: A ciclagem a fluxo ocorrerá quando atingirmos determinada porcentagem de fluxo inspiratório, assim ocorrendo a abertura da válvula expiratória do ventilador e é muito comum na modalidade PSV.

 

Ciclagem a pressão: Ela ocorre quando a pressão máxima programa no VM for entregue ao paciente. Este tipo de ciclagem é encontrado em ventiladores antigos como o BIRD MARK 7, onde o TI dependerá da FR programa e da pressão inspiratória.

 

   Outro ponto importante que precisamos saber é que quando o paciente está em VM precisamos sincronizar o TI do VM com o TI neural do paciente para evitarmos as assincronias de ciclagem.

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   Nesta imagem podemos notar que o paciente está ventilando em PSV e temos três porcentagens de ciclagem diferentes. Podemos notar que a ciclagem a 25% se encontra maior que o TI do pacientes, assim notamos uma depressão na curva fluxo tempo, pois o paciente quer expirar, mas a máquina ainda está na fase inspiratória. Notamos que na pressão esofágica a contração inspiratória do diafragma termina e o VM ainda mantém a entrega de ar na fase inspiratória (TI máquina > TI neural). Ao colocarmos a cicalgem a 35% ainda notamos alterações na curva que só é corrigida com 45% de ciclagem. Assim o paciente cicla a 45% do pico de fluxo inspiratório para eu não ocorrá assincronia de cicalgem. Está assincronia poderá ser chamada de overshoot de saída onde entregamos um fluxo maior que o necessário ao paciente ou ciclagem tardia da VM.

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   Nesta outra imagem notamos na primeira seta que o VM já ciclou, ou seja, já entrou na fase expiratória e o paciente ainda está tendo contração diafragmática. Neste caso o TI máquina é menor que o TI do paciente, assim vemos uma contração na fase expiratória da curva fluxo-tempo.

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   Nesta outra imagem notamos uma ciclagem precoce da VM, onde o TI do VM é curto em relação a o TI neural do paciente. Assim quando o VM está na fase expiratória e o paciente ainda realizando contração diafragmática, notamos um outro disparo. Chamamos isto de duplo disparo que ocorre devido o TI da máquina estar menor que o do paciente. Para corrigir basta adequar o Ti do VM.

Temos também o disparo reverso que alguns chamam também de duplo disparo, porém o disparo reverso tem característica de o primeiro ciclo ser disparado a tempo e logo em seguida um disparo do paciente, que ocorre por uma estimulação vagal por estiramento pulmonar.

 

Fernando A. Batista

 

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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25693449

http://rc.rcjournal.com/content/56/1/52.full

http://www.atsjournals.org/doi/pdf/10.1164/rccm.201212-2214CI

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